A Diplomática surgiu da necessidade de se comprovar a autenticidade de documentos medievais. Com o intuito de publicar uma história dos santos, a Acta Santorum, Jean Bolland e jesuítas franceses teriam que avaliar cuidadosamente a vida desses santos, separando que seria lenda da realidade. Em 1645 o jesuíta Daniel Van Papenbroeck, especialista no trato documental, afirmou ser falso um diploma assinado pelo rei Dagoberto I, invalidando assim outros diplomas medievais até então preservados e tratados como autênticos.
Inconformados, os beneditinos "bambans" na área de análise documental, acharam uma afronta a desconfiança do jesuíta e causaram uma verdadeira Guerra Diplomática.
Seis anos após a confusão, o beneditino Jean de Mabillon resolveu tomar partido da guerra que se instalou por conta da desconfiança de Daniel. Jean realizou pesquisas em arquivos eclesiásticos franceses, alemães e italianos. Com isso, criou métodos e procedimentos para verificação da autenticidade dos documentos.
Colega da Paleografia e do Direito, a Diplomática encontrou na Arquivologia um casamento perfeito, ampliando sua capacidade na Tipologia Documental.
Fonte: BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Como Fazer Análise Diplomática e Análise Tipológica de Documento de Arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado, Imprensa Oficial, 2002.
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